quinta-feira, 8 de março de 2012

O Pássaro sem cor

A Professora Dediane F. de Ben, da disciplina de Artes esteve realizando com todas as turmas da E.E.B. Jorge Lacerda, um trabalho enfatizando os seguintes temas: o bullying, o social e as boas maneiras, através da seguinte história:

“Pássaro sem cor”


Era uma vez um pássaro que tinha nascido diferente dos outros.
Ele não tinha cor. E todos o chamavam de pássaro sem cor.
Sempre que o chamavam assim ele ficava triste.
E ainda brincavam: - Ah! Se não tem cor, não é pássaro.
Ele andava e voava de lá pra cá, sem saber o que fazer. Um dia, ele encontrou um velho pássaro muito inteligente e capaz de explicar coisas difíceis. Perguntou-lhe:
-         Por que não tenho cor?
-         Porque você é especial, um pássaro mágico! – respondeu o velho pássaro – Você tem mais cores que os outros, mas ninguém ainda conseguiu vê-las. Descubra a mágica que existe em você e será o mais colorido de todos!
-         Mas como, grande mestre? – perguntou o pássaro sem cor. Como vou descobrir esse segredo mágico? E o velho pássaro sábio disse:
-         Descubra-se! Saia caminhando e voando. Veja o que você pode fazer pelos outros e como deixar o mundo melhor. Aí saberá o quão colorido e belo você é.
O pássaro não entendeu direito, não sabia o que fazer, mas resolveu seguir o conselho.
Caminhando e voando, viu alguém que precisava de ajuda, que se afogava e chamava:
-         Por favor, alguém me ajude!
O pássaro sem cor saiu à procura de ajuda porque um menino se afogava. Quando foi salvo disse:
-         Nossa, pássaro vermelho, que maravilha! Você é um anjo! Quando vi você, sabia que me salvaria.
O pássaro sem cor ficou assustado. Era a primeira vez que alguém o chamava de vermelho. Perguntou:
-         Por que você me chama de vermelho, se não tenho cor?
E o menino disse:
-         É lógico que você tem cor! E é linda! Você é vermelho, a cor da vida, a cor do sangue!
O pássaro realmente estava vermelho. Ele agradeceu e disse que ajudar era a sua obrigação, e continuou se caminho.
Logo depois, o pássaro viu uma fumacinha no horizonte e voou para lá. Uma árvore pediu-lhe ajuda:
-         Pássaro, me ajude! Começou a pegar na fogo na floresta e eu não sei apagar. Você pode encher o seu bico de água no rio e jogar um pouco aqui.
Correndo e voando muito rápido, o pássaro foi até o rio várias vezes, encheu o bico de água e jogou nas árvores que pegavam fogo. Foi e voltou muitas vezes, até que o fogo se apagou.
A árvore agradeceu, dizendo:
-         Que bom que você passou pelo meu caminho, pássaro verde!
Você protege a natureza, é um amigo das árvores.
O pássaro olhou para o próprio corpo e viu que, de fato, estava verde.
Ele disse que só tinha cumprido o seu dever e continuou seu caminho.
Seguiu voando, até que encontrou uma flor muito linda, bem amarela, que gritou:
-         Pássaro, venha até aqui, por favor!
Ele foi até lá e ela disse:
-         Tem um monte de bicnhinhos querendo comer minhas folhas e só você pode me proteger! Dê um susto neles, de modo que fujam e nunca mais voltem, e aí eu poderei reluzir a luz amarela e deixar o mundo mais colorido.
Ele, imediatamente, cantou tão alto que os insetos saíram correndo. A florzinha amarela disse:
-         Obrigada, pássaro amarelo!
E ele respondeu:
-         De nada, só cumpri o meu dever de proteger as flores.
O pássaro sem cor já nem sabia mais que cor tinha! Havia sido chamado de vermelho, de verde, de amarelo. Mas continuou o seu caminho, sempre ajudando quem precisava, ou avisando quando havia perigo. Em cada lugar, era chamado de uma outra cor. Azul quando salvou o mar, rosa quando salvou os botinhos cor-de-rosa, enfim, todas as cores.
Já muito intrigado, porque agora todo mundo o chamava de pássaro colorido, ele voava pelas montanhas, quando avistou um pássaro indo em direção à rocha. Parecia meio cego pelo sol, não percebendo o risco que corria. Ele saiu em disparada e desviou o grande pássaro do acidente iminente.
Passado o susto, o pássaro, que era muito bonito, disse:
-         Pássaro sem cor, hoje você  me salvou e ainda me deu uma lição.
Eu debochava de você porque eu era lindo e você, feio. Agora você é o mais belo dos pássaros, tem mais cores do que eu e é mais respeitado. Como conseguiu isso? Você não tinha cor alguma e, hoje, comparado a você, me vejo muito menos brilhante. Como conseguiu essa mágica?
-         Puxa, que elogio mais bonito! – agradeceu o jovem pássaro. – Mas como tem certeza de que sou o mais colorido?
-         Olhe-se nas águas do lago – respondeu o outro pássaro – e veja quantas cores lindas você tem! É tão jovem e já é o mais respeitado de todos!
Os dois se despediram, agradecendo um ao outro e, de repente, apareceu aquele velho pássaro sábio. O jovem, agora muito feliz, perguntou ao sábio:
-         Como soube que eu era mágico e tinha todas essas cores?
E o velho disse:
-         Você tinha a bondade nos olhos, a inteligência nas suas perguntas e a vontade de nunca dizer “não” para quem pede ajuda. Eu tinha certeza de que, caminhando e voando pela vida, você iria ajudar muita gente e salvaria muitas coisas, e se tornaria o mais belo e o mais respeitado de todos os pássaros.
A mágica da vida é esta: aquele que quer e sabe fazer o bem, que tem o desejo de ajudar os outros, sempre será o mais querido.
Parabéns, pássaro sem cor! Você é o mais belo porque descobriu as cores da bondade com inteligência e determinação.
Os pássaros coloridos são aqueles que buscam ajudar as pessoas próximas. A cada contribuição, eles se tornam mais lindos e respeitados por seus grandes exemplos de sabedoria e sua capacidade de pensar n próximo.

Confira as fotos:






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